Grãos em volatilidade em Chicago, com forte alta do petróleo e monitorando o Oriente Médio

Confira a análise dos fatores que influenciam as cotações do grão e o cenário de exportações, e importações

Publicado em 02/10/2024 09:47

Os preços da soja sobem na Bolsa de Chicago nesta manhã de quarta-feira (2). As altas variavam, por volta de 6h15 (horário de Brasília), de 4,50 a 5 pontos nos principais vencimentos, com o novembro valendo US$ 10,61 e o maio, US$ 11,07 por bushel. Os futuros do grão acompanhavam as boas altas do óleo, do milho e do trigo, que mais uma vez subiam de olho no avanço expressivo do petróleo.

 

A semana tem sido marcada pelo agravamento dos conflitos no Oriente Médio, que ontem começaram um novo capítulo com a entrada efetiva do Irã. O país fez um ataque a Israel com mais de 200 mísseis, afirmando se tratar de uma retaliação à morte dos dois principais líderes do grupo extremista Hezbollah.

Israel já afirmou que o ataque terá consequências e que está preparando sua resposta, inclusive com a ajuda dos EUA. O Irã alertou o país comandado por Joe Biden para que não interfiram. Novos bombardeios a alvos do Hezbollah, em Beirute, no Líbano, já foram anunciados.

Com a principal região produtora de petróleo do mundo sob uma grave ameaça, os mercados reagem imediatamente. Na manhã desta quarta, os preços do petróleo – tanto o brent, quanto o WTI – subiam quase 3%, com o barril do brent, na Bolsa de Londres, cotado a US$ 71,87.

Entre as commodities agrícolas, os ganhos mais expressivos se dão entre os grãos – dada a importância do Oriente Médio para milho, trigo e derivados, além de ser uma importante rota de fluxo de comércio – bem como para os óleos vegetais – com o óleo de soja subindo mais de 2% na CBOT – além do açúcar e do algodão, ambos os mercados muito conectados ao petróleo. Ambos operam, ao lado do café, em campo positivo na Bolsa de Nova York.

O cenário ainda é bastante nebuloso, a resposta de Israel é monitorada pelos mercados com muita atenção o e prêmio de risco no mercado do petróleo subiu na mesma medida em que as tensões escalaram no Oriente Médio.

 

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Fonte: noticiasagricolas.com.br

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